segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O sistema educativo português é confrontado com enormes problemas, tais como, a qualidade de ensino medíocre, eficácia duvidosa ou interrogativa, uma taxa de reprovação e de abandono escolar em crescimento. A escola tem o dever de preparar Cidadãos. A qualidade de educação de um país, depende do seu desenvolvimento socioeconómico. Se queremos que a educação contribua para o desenvolvimento socioeconómico do país, é imprescindível que a escola produza alunos com a vertente “Pensar, Reflectir e Agir” dando-lhes um ensino de qualidade. A eficácia ao nível escolar descreve a relação entre os factores que permitiram a fabricação de um produto (inputs em relação aos outputs) e o produto próprio. Qual é o produto da educação portuguesa em relação aos seus objectivos internos? Quantas crianças portuguesas estão escolarizadas? Qual o seu percurso escolar? Quais são os factores de sucesso em relação aos objectivos assim definidos? Quando surge, a hora dos PAE – Programas de Ajustamentos Estruturais, as compressões orçamentais olham com uma particular atenção sobre a qualidade e eficácia dos rendimentos escolares das suas instituições. A questão da qualidade de educação toma uma dimensão intensa, no contexto de explosão dos efectivos e das dificuldades orçamentais. Tratar da questão do rendimento escolar, há que considerar os factores socioeconómicos, tais como o estatuto socioprofissional dos pais, o tamanho da família, a quantidade e a qualidade dos meios materiais. Apesar de menos considerarem os factores institucionais, individuais e sociais dos docentes, tais como, qualificações, acompanhamento, tamanho da classe, práticas pedagógicas nas classes, há que considerá-los, em virtude dos docentes serem actores determinantes do sistema educativo português e detentores do saber a transmitir aos alunos. A vontade política ignora em contribuir para a compreensão de um dos múltiplos parâmetros do rendimento escolar, mas fala muito sobre o problema da eficácia e do rendimento do sistema educativo sem se questionar: · Temos um sistema eficaz? · O sistema produz bem o que previsto produzir, isto é, fazer aquisição de conhecimentos ou dar diplomas às pessoas? · Contribui com o crescimento intelectual dos jovens no sistema? · Implementa programas de melhoramento para reduzir o abandono escolar e a repetição ano escolar? · Qual é o bem fundado no sistema? · Qual é o perfil dos alunos que terminam o ensino primário? A importância de termos um olhar, sobre o rendimento interno, é porque ele mede a relação entre resultados e meios, entre os produtos obtidos escolares e os recursos investidos, entre outputs e inputs, Rendimento interno é apreciado em termos qualitativos (conhecimentos, atitudes e aptitudes adquiridas, objectivos pedagógicos) e em termos quantitativos assimila o sistema a uma empresa, mede a quantidade de produtos acabados, diplomados, (outputs), em relação aos recursos investidos, isto é, o número de estudantes inscritos, o número de anos passados no sistema, em relação aos custos (inputs). Ora, chamamos o desperdício escolar que é uma medida do rendimento interno do sistema de ensino. Bem como, sobre o rendimento externo, que mede o nível do sistema de educação no âmbito da realização dos seus objectivos económicos, políticos e sócio culturais. A apreciação dos objectivos reside na quantidade e qualidade dos indivíduos saídos do sistema, na produtividade efectiva na sociedade. Neste caso, a eficácia externa dos resultados são avaliados em relação aos objectivos do conjunto que a sociedade assume no sistema educativo. Olhando para a eficácia externa do sistema educativo, que diz respeito à capacidade de preparar alunos e estudantes para o seu futuro papel no Amanhã na sociedade, analisamos a medida pelas perspectivas de empregos e de ganhos dos estudantes. Tais medidas focam critérios externos em vez dos resultados observáveis no interior do sistema educativo. Olhando para a eficácia interna, sobre as relações entre os inputs educativos e os resultados escolares, tanto no interior do sistema educativo no seu todo, como no seio de uma instituição escolar definida, os resultados devem ser apreciados comparando aos objectivos mais largos da sociedade. Constatamos que o programa governamental, na educação está a estimular um aumento muito significativo de taxa de licenciados, os que chamo diplomas de micro-ondas e a aquisição de conhecimento reside muito fraca, ora demonstra que a eficácia interna em Portugal é relativamente fraca. Conceito de reprovação escolar, implica diversos aspectos da realidade: a decisão institucional, o nível de performance dos alunos, a percepção ou avaliação do sucesso, etc. Por conseguinte torna-se imprescindível de enquadrar a noção de reprovação escolar e de encontrar as suas causas profundas, afim de as rectificar para que haja um compromisso em assumir a cada um, a aquisição dos saberes, saber-fazer, atitudes e valores fundamentais necessários para o prosseguimento da sua formação enquadrada numa educação permanente. A definição de qualidade escolar será em função do que se quer melhorar no funcionamento de um sistema educativo e para quem quer fazer. Bem como, definir a eficácia interna e externa, desperdícios, reprovação escolar.

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